Hoje trago um texto num formato diferente, para falar sobre ações repetidas ao longo dos tempos e que vão, pouco a pouco, se tornando verdades em nossas vidas, ou melhor, na maneira de encarar o mundo que nos cerca, desequilibrando a vida, as escolhas e o modo de perceber o mundo.
Acostumei a silenciar mesmo quando a vontade era gritar aos quatro ventos o que pensava, sentia, o que pulsava em meu ser.
E o silêncio foi se tornando resposta, afirmação, confirmação de tudo aquilo que negava (internamente).
Acostumei a sorrir, mesmo quando contrariada estava.
E o sorriso também foi se tornando resposta, máscara que me protegia de mim mesma e me deixava em conformidade com toda a felicidade que esperavam de mim.
Acostumei a dizer ‘sim’, mesmo quando era o ‘não’ ou o ‘agora não’ que gostaria de dizer.
E cada vez foi ficando mais difícil desagradar os outros. E era esta mesma a palavra que vinha “desagradar”. Pensava que seria muito ruim chatear os outros com a minha negação. E apesar de fazer o que contrariava minha vontade, as pessoas também foram acostumando com meu constante ‘sim’ e fui ficando cada dia mais presa a esta situação.
Acostumei com coisas que me faziam acreditar que eu precisava me encaixar, que eu precisava ser aceita, que eu precisava agradar os outros e que eu precisava muito mais dos outros do que de mim mesma.
E o interessante é pensar que, apesar de tudo o que fiz (e, por vezes, ainda faço), não consegui me encaixar, não consegui agradar totalmente os outros e me via num constante pensamento de que “nunca fazia o suficiente”.
Acostumei a deixar para lá tanto nas pequenas quanto nas grandes batalhas diárias e isso aumentava o meu sorriso, o meu sim e o meu silenciar também.
Acostumei com estas e muitas outras coisas que me fizeram mais insegura, menos feliz e muito mais dependente do outro e da opinião deste outro em minha vida.
(Re)pensar a vida é importante para o autoconhecimento e para a promoção de uma vida muito mais saudável e feliz. E você, prezado leitor, prezada leitora, com o que acostumou e o que seria interessante desautomatizar em sua vida?
Grande abraço,
Grazielle dos S. B. de Jesus
Psicóloga – CRP 05/46825
E-mail: psi.graziellejesus@gmail.com
Arrasou! Tocou fundo aqui…
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Obrigada, Luana querida. Beijo grande
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Excelente reflexão podemos fazer através desse texto. Parabéns!!!
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Obrigada por seu comentário, Ana Paula. Grande abraço
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Quantas vezes falamos sim ao outro e com isso estamos dizendo Nao para nós mesmos. Sair da zona de conforto para que as coisas aconteçam, e os costumes e mesmices vão se dissipando e renascemos . Esse é o lema ! Adorei! Ótimo artigo 🥰
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Agradeço seu comentário, Geise. Sair da zona de conforto não é fácil, de fato, mas precisamos “desascostumar” de coisas que não nos fazem bem. Grande abraço
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Uma instigante reflexão! Nos faz repensar se estamos vivendo para buscar a nossa felicidade e realização ou se estamos vivendo de acordo com os padrões e “imposições” dos outros. Adorei!
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Obrigada por seu comentário e por compartilhar sua reflexão sobre a vida. Grande abraço
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Acostumei a deixar pra depois alguns dos meus sonhos e vi o tempo passar…Acostumei com o “mais tarde” de algumas pessoas e o meu “to indo”…Quero ser mais eu mesma…
Parabéns por essa reflexão que nos fez refletir rsrsrsrs… bjs
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São muitas repetições de coisas que não deveriam ser tanto nossas quanto são, né Paula? Te agradeço pela presença no blog e pelo seu comentário. Grande abraço.
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Resumo de mim…
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Desacostumar-se urge!
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Que coisa linda Grazielle, tem tudo a ver comigo,sabe muitas vezes eu digo sim as pessoas,mas no fundo é minha satisfação pessoal de fazer o bem, mas às vezes não é expontâneo mas acabamos dizendo sim por achar que é a única vez e acabamos se arrependendo com a repetição dos mesmos pedidos,e isso acaba me fazendo mal, mais uma vez vc está de parabéns, adorei o tema
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Desacostumar-se, aos poucos, daquilo que nem sempre é bom para você é importante para pensar e cuidar mais de você. Obrigada pelo teu feedback, Ricardo. Grande abraço
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Identificação instantânea desse texto. A gente se acostuma e esquece do que realmente deseja. Chorei lendo esse texto.
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Entrar em contato com nossos desejos, quereres, com nossa essência é importante para que consigamos equilibrar a vida, cultivando o amor próprio e exercitando cada vez mais o autoconhecimento. Te agradeço por seu comentário aqui no nosso blog. Fique à vontade para interagir sempre conosco.
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Nosso dia a dia está no automático . Temos que parar para pensar. Será que estamos felizes?
Boa reflexão e ótimo artigo. Parabéns!
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Verdade, Jacqueline. Automatizamos muitas coisas em nossas vidas. E, por muitas vezes, perdemos coisas que importam para nossa vida. Agradeço seu comentário e reflexão trazida. Grande abraço. Fique a vontade para interagir sempre conosco
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